Otimizando a Consulta e Averbação de FGTS

A Lógica de Filas com Múltiplas Chaves

 

A consulta e averbação de saldo do FGTS na Caixa Econômica Federal (CEF) tem uma regra estrita: limite de 5 requisições por segundo (RPS) para cada chave de acesso. Para lidar com essa limitação, a QI Sociedade de Crédito Direto (QI SCD) implementou um sistema de gestão de filas. Com a adição de duas novas chaves — da Singulare e da QI DTVM — a lógica de processamento se tornou mais sofisticada, mas continuamos fazendo uma gestão refinada de filas para tornar os retornos de consulta, os mais eficientes possíveis.

 

A Estrutura das Chaves por Cliente

Diferente de um sistema genérico onde qualquer cliente usa qualquer chave, a nossa arquitetura é baseada na associação de cada cliente a uma chave ou a um grupo de chaves. Um cliente pode estar em uma das seguintes configurações:

  • Chave Única: O cliente está associado apenas à chave da QI SCD.

  • Chaves Múltiplas: O cliente pode estar associado à QI SCD e à Singulare, ou à QI SCD e à QI DTVM.

É obrigatório a vinculação na chave da QI SCD, pois é onde obrigatoriamente faremos a averbação dos contratos.

O Ponto de Averbação: O Papel Central da QI SCD

É crucial notar que a lógica de distribuição não se aplica à averbação. Este é um passo final e crítico no processo, e todas as averbações são feitas exclusivamente através da chave da QI SCD.

Isso significa que, mesmo que um cliente tenha consultado seu saldo usando a chave da Singulare ou da QI DTVM, a averbação do crédito sempre será processada na fila da QI SCD.

Período de Ressaque

O "período de ressaque", que geralmente acontece entre os dias 20 e 25 de cada mês, representa um dos maiores desafios operacionais do nosso sistema.

É nesse curto intervalo que as empresas realizam o depósito de FGTS nas contas dos trabalhadores, provocando um pico na demanda por antecipações do saque-aniversário.

Esse volume massivo de solicitações sobrecarrega a capacidade das nossas filas de consulta e averbação.

Apesar de nossa lógica de distribuição de consultas com múltiplas chaves ajudar a diluir parte do tráfego, o gargalo se manifesta na etapa final, a averbação, que depende exclusivamente da chave da QI SCD. Por isso, a capacidade de processamento se torna um fator limitante, resultando em um aumento inevitável no tempo de resposta para os clientes durante este período de alta demanda.

Conclusão

A adição das chaves Singulare e QI DTVM não triplica a capacidade geral do sistema para todas as operações, mas sim aprimora a etapa de consulta para um grupo de clientes. Essa estratégia otimiza o fluxo de trabalho:

  • As chaves adicionais aliviam a carga de consultas da QI SCD.

  • A QI SCD, por sua vez, pode focar na sua função mais crítica e exclusiva: o processamento das averbações, que continuam sendo o principal gargalo.

Essa abordagem mostra um sistema sofisticado, capaz de gerenciar a complexidade das regras de negócio e das APIs da CEF, garantindo um serviço mais rápido e eficiente para a maioria dos clientes.